Há 35 anos, entreguei-me à luz !

 

No dia 15 de agosto de 1990, fui batizada.

Tinha apenas 3 meses. Era uma bebé de colo, nos braços da minha mãe, envolta num vestidinho branco e num amor que só ela sabe dar.

Não me lembro desse momento — era pequena demais. Mas sinto, mesmo sem ter memória dele, que foi ali que algo maior começou. Uma semente de fé plantada no meu coração, mesmo antes de eu saber o que era rezar.

Batizar uma criança é muito mais do que um ritual bonito ou uma tradição.

É um ato de entrega, um gesto de confiança nas mãos de Deus. É dizer: “Esta vida é Tua. Cuida dela.”

E Ele cuidou. Cuidou nos dias fáceis, mas principalmente nos dias duros. Quando a dor parecia maior que a esperança. Quando tudo em mim pedia para desistir, mas uma Luz — que começou ali — não me deixou apagar.

Ao longo da vida, perdi-me muitas vezes.

Caí, questionei, desesperei. Vi a fé tremer, e até quis ignorá-la por momentos.

Mas é incrível como algo tão pequenino, plantado há tantos anos, resiste ao tempo e às tempestades. A fé sobreviveu. A fé permaneceu.

O batismo foi o meu primeiro “sim” — ainda que inconsciente — ao Deus em que acredito.

E, aos poucos, mesmo sem compreender tudo, fui dizendo novos “sins”:

Sim à esperança.

Sim à oração.

Sim ao recomeço.

Sim a uma vida com propósito, com entrega e com sentido.

Hoje, celebro 35 anos dessa decisão feita por amor.

Uma decisão que os meus pais tomaram por mim, mas que hoje tomo por mim mesma, todos os dias.

Reafirmo o meu compromisso com Deus. Com os valores em que acredito.

Com tudo aquilo que não se vê, mas que me sustenta.

Não sou perfeita. Nem santa.

Sou humana.

Mas quero continuar a ser uma alma que escolhe a Luz, mesmo quando o mundo parece feito de sombras.

Este aniversário do meu batismo não é uma data qualquer.

É um marco silencioso, mas profundo.

É um lembrete de quem sou, de onde venho e de Quem me sustenta.

E tu? Ainda te recordas do teu batismo — ou do que ele representa para ti?

Talvez não lembres o momento, mas ele está aí.

Dentro de ti. A proteger-te. A chamar-te.

A lembrar-te que és filha de Deus.

Com carinho,

Daniela Silva ✨