Passaram-se dois anos.
A vida seguiu como sempre segue: sem pedir licença.
João tentou escrever sobre aquele verão, mas cada palavra parecia incompleta.
Guardou o caderno, como se guardar fosse esquecer.
Mas nunca esqueceu.
A vida seguiu como sempre segue: sem pedir licença.
João tentou escrever sobre aquele verão, mas cada palavra parecia incompleta.
Guardou o caderno, como se guardar fosse esquecer.
Mas nunca esqueceu.
O tempo começou a mudar.
As tardes ficaram mais curtas, as noites mais frias.
E havia um silêncio estranho no ar — um daqueles que sabem mais do que dizem.
Claro que há um dever cívico que nunca deve ser esquecido — respeitar quem nos lê e, em primeiro lugar, respeitarmo-nos a nós mesmos. Um blog não deixa de ser um espaço público, aberto ao mundo, mas ao mesmo tempo é também um diário íntimo que decidimos partilhar.