Há outras que queimam, e deixam de brilhar.
Mas há luzes que ficam acesas cá dentro — mesmo quando a casa está escura, mesmo quando os dias custam.
A luz de quem nos amou bem.
A luz de quem soube ouvir, cuidar, estar.
A luz de quem já partiu, mas continua a acender memórias nas entrelinhas dos dias.
Há pessoas que são assim:
Luz sem prazo.
Sem lâmpada. Sem interruptor.
Estão na gargalhada que herdámos.
Na receita que repetimos todos os anos.
Na fotografia que já nem precisa de legenda.
Às vezes, essa luz arde em silêncio.
Mas no Natal — ah, no Natal — ela brilha com mais força.
Talvez porque o amor que se deu, volta.
Talvez porque o Natal é feito disso: de luzes que não se apagam nunca.
Com carinho,
Daniela Silva ✨
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